domingo, 23 de janeiro de 2011

Black Swan


Uma observação antes de começar o post: Quando eu penso em escever sobre um filme, geralmente, meu ponto de partida é minha imediata impressão, meu pensamento quando saio do cinema. Enfim, a observação é a de que, no caso de Black Swan, esse pensamento está relacionado com uma ignorante e distante idéia minha de que o balé tem essa característica de ser perfeccionistamente belo, delicado e, ao mesmo tempo, incrívelmente forte, com muita pressão.
Então, do começo. Natalie Portman. Impressionantemente certa. Eu poderia muito bem descrevê-la com as mesmas palavras da minha idéia do balé. O filme nos prepara para a loucura com a exaltação da graça e charme desta atriz. Beleza ingênua imensamente mais profunda do que isso.
Além dela, Mila Kunis e Vincent Cassel estão muito bem. Ambos exaltando o forte. O elenco é muito bom de um modo geral e isso ajuda. Mas a direção de Darren Aronofsky convence.
A beleza no filme é, obviamente, muito bem tratada na dança e na música. Mas a pressão é brilhante na forma da loucura à la Clube da Luta e Irreversível.
O que eu quero dizer é que Black Swan é sobre balé e tenta (e consegue) usar as características dessa arte para dar peso ao filme. Ele tem este (inevitável acho) tom de ópera, meio dramalhão mas na medida certa.
Belo, delicado e forte e -puta merda- Natalie Portman.

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