terça-feira, 27 de abril de 2010

The Boondock Saints



"And shepherds we shall be, for thee, my lord, for thee.."
Quem assitiu ao filme santos justiceiros, de 1999, tem a exata noção do quão arrepiante é todo o leque de cenas nas quais essa reza se faz presente... Santos Justiceiros, provavelmente o filme mais mal divulgado de todos os tempos, pois eu como fã não tenho medo de afirmar, mesmo em uma década que teve matrix, velocidade máxima... É o filme de ação mais surpreendente da década de 90. Ponto final.
Dito isso, fim de semana tivemos uma sessão santos justiceiros 2 na alcapote, um entretenimento muito bom pro fim de semana, engraçado, grandes cenas de ação.... porém perde muito da leveza que é responsável pelas surpresas do primeiro filme, se por um lado no primeiro filme os planos dão absolutamente errado pq os nossos heróis realmente não sabem o que estão fazendo já no segundo os planos acabam entrando um pouco para o universo do absurdo como forma de inserir uma dose de humor no filme, mas a verdade seja dita: o filme consegue ser engraçado. Porém, se por um lado a atuação de Willem Dafoe no primeiro filme é impagável, a atuação de Julie Benz no mesmo papel na sequência é pífia.
No mais, apesar da história dos filmes serem independentes entre si, existe uma série de referências do primeiro filme na continuação, então recomendo assisti-los em sequência, e garanto: Se você é um verdadeiro fã de ação, será uma experiência espetacular, já se não for, entrará pro clube.

domingo, 25 de abril de 2010

Microtensidade


O que é de se esperar em um filme que se passa no mundo pós-apocalíptico? Cenas grandiosas, distantes, exagero, esse tipo de coisa, não?
Em "A Estrada", do diretor John Hillcoat o que chama atenção é o contrário, o apocalipse está nos "closes". No perto. Na expressão do homem e do seu filho. Nos pequenos diálogos despretensiosos. Mesmo nas cenas mais distantes o que se vê são os pequenos detalhes. O filme é lindo na constante câmera realmente próxima da ação. Tenso no pequeno.
Mais uma atuação vigorosa do equilibrado Viggo Mortensen. Sabe quando você assisti um filme ou lê um livro e dá vontade de falar, mandar um e-mail... Não sei. Simplesmente pra falar obrigado ao autor, ator, diretor ou músico? Comigo com ele é assim.
A trilha sonora de Nick Cave e Warren Ellis, (Assassinato de Jesse James...) é exata. Profundamente eficiente e paciente.
Um filme que aposta em perigos como tema (no geral vai) quase clichê, na narração com piano ao fundo (sabe?), extrema dependência de uma ator criança. Mas que destroça estes perigos com ótimos atores e trilha e fotografia e ritmo e clima e filme.
John Hillcoat está anotado.

Mais do que outros, assista no cinema! E veja as gigantes expressões na tela.

(post ao som de Nick Cave & the Bad Seeds)

domingo, 18 de abril de 2010

Confuzzled Friends


Mary and Max.
Qual a chance de voce ir ao cinema e isso ser perfeito?
É absolutamente particular e existem mil fatores. Pra mim hoje é uma coisa, amanhã é outra. Tudo é diferente sempre. Claro que o fator principal nessa coisa toda é o filme, mas tem sala cheia, calor, barulho...
Eu acho que não tenho coragem de falar que foi perfeito... Mas eu fui ver "Mary and Max." ontem e, puts, dá vontade.
Essa animação de massinha (tipo fuga das galinhas) é espetacular. Como Max faria eu vou enumerar o que pra mim são as maiores qualidades começando pela melhor:
Número um, puta merda, o Philip Seymour Hoffman disparou no meu conceito com a dublagem do Max. Ele acertou muito. Aliás o filme acerta muito. A voz dele é o Max. Sensacional. No filme ainda dublam - muito bem - Toni Collette (Mary) e Eric Bana (vizinho enrustido) e a excelente Bethany Whitmore (Mary pequena) enfim, a dublagem valeria a sessão num filme extraordinariamente cheio de lindos detalhes.
Número dois, a delicadeza com que a "Síndrome de Asperger" do Max é abordada é muito bonita.
Número três, a música que apesar de não ser constante, dita o ritmo (lento) do filme. A cena em que Max escreve sua primeira carta lembra o barbeiro de Charles Chaplin. Bem legal.
Número Quatro, as palavras inventadas pelo Max. Confuzzled.
"Mary and Max." é imperdível.

Ah... assista no cinema!

segunda-feira, 12 de abril de 2010




From Paris With Love (Dupla Implacável) é um filme de ação dirigido por Pierre Morel e escrito por Luc Besson. Como era de se esperar de um filme de ação europeu, há varias cenas de perseguição com carro e muito, mas muito sangue (se você não gosta de filmes de ação com sangue em demasia não perca o seu tempo assistindo o filme ou lendo este post). Jhonatan Rhys Meyers ( Henrique VIII da série The Tudors) e John Travolta fazem a tal dupla implacável. Travolta é o agente americano badass e Rhys Meyers faz um burocrata bixinha americano. No decorrer do filme, o personagem de Rhys Meyers se envolve em um importante conflito pessoal, e aos poucos, com a ajuda de Travolta deixa de ser uma bixa, tornando-se outro agente americano badass.

Ótimo filme de ação, leia bem. Ótimo filme de AÇÃO.



Outro filme que eu assisti foi O Livro de Eli. O cara é cego e não erra uma bala, Mila Kunis espetacular, mas com muita roupa. Parece Fallout 3, mas a trama é fraca. Não tem por que assistir tal filme. Assim como eu me recuso colocar uma imagem dele aqui no blog.


domingo, 11 de abril de 2010


Inspiradissímo pela experiência cinematográfica que terminou as 6 horas da madrugada de ontem resolvi dar uma pincelada sobre as obras que mexeram com o nosso imaginário, quando o assunto tratatado é vampirismo. Creio que tudo começa com a célebre obra de Bram Stoker chamada drácula, responsável por tudo aquilo que eu gosto de chamar de "mitologia moderna" sobre vampirismo. Os desdobramentos dessa obra são dos mais diversos, iniciando pelo filme nosferatu de 1922, passando por clássico scomo o filme que herda o nome e os direitos da obra, "drácula de Bram Stoker", chegando em obras extremamente atuais e extemamente distintas, como a inspirada na HQ 30 dias de noite e o recente fenômeno "Crepúsculo".

Porém o que realmente pretendo tratar no post de hoje é o filme que tanto me pertubou, me animou, me emocionou... ontem a noite, o brilhante "Sede de sangue", do diretor Park Chan-woo, famoso pela trilogia da vingança, destacando o filme "old boy". Para quem conhece a obra do diretor já tem uma idéia do que esperar, porém todos os instrumentos que o diretor usa, como o clima por vezes extremamente gutural, agressivo, passando por momentos de paixão, quando fugiu da temática da vingança, tornaram o filme "Sede de sangue"algo muito maior do que poderia se esperar de um filme de vampiro. A fotografia e a forma como o diretor utiliza a camera nos levam exatamente para onde o diretor nos quer, cenas de extrema aflição, misturadas com cenas belissímas, mexem com nosso imaginário e nossos sentimentos de uma forma avassaladora.

Sem mais delongas, principalmente para evitar spoilers, vale tentar acompanhar os momentos de rupturas do filme que me lembram músicas do the who, que se transformam dentro delas mesmas, tornando a obra em algo muito maior do que um filme, em algo como uma série de quadros que nos levam a mudar a fomar de assistir a cada ruptura, a cada mudança de camera, a cada tomada mais intensa do que a anterior.

Em outras palavras, recomendo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

In the jingle jangle morning I'll come followin' you.

Os Famosos e os Duendes da Morte.
Direção assinada por Esmir Filho e Ismael Canappele, o primeiro dirigiu um superhit do youtube; o segundo é autor do livro-inspiração do filme e ainda atua no filme. Isso não soa muito bem?
O filme é bom em provar o contrário. A intensidade bem conduzida da história pode ser sentida fisicamente, a cidadezinha do interior do Rio Grande do Sul e seus habitantes têm um ar de algo estranho (que lembra Paranoid Park) como se não só o protagonista sofresse com desilusões e contradições amorosas mas a cidade em si.
Ao som e ambiente de Bob Dylan, a beleza do filme aparece em cenas de videos caseiros que surgem como lampejos de outro momento da vida daquelas pessoas mas que influenciam muito as decisões de Mr. Tambourine Man - apelido online do condutor da história - que é obrigado a passar cada vez que sai de casa pela ponte onde todos os caminhos desiludidos da cidade parecem levar.
O primeiro longa de Esmir é bonito e não precisa apelar para ser. Um filme certo que preenche apenas e completamente um filme, como deve ser.
(postado ao som de Crosby & Nash)

Portão Aberto

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